
Recolhido por Carlos Constantino 3º Ano
Às 11 e meia da noite de hontem houve toques de apito na rua do Príncipe. Correndo ao local muitas pessoas depararam com um espectaculo repugnante:
A morte tem ameaçado mais duma vez e bem de perto, o rei de Inglaterra. Eis as principaes:
Porto, 29, às 12,42 t. – Esta noite, n’uns casebres immundos de uma ilha da populosa rua de Montebello, houve grande alteração entre uma tal Rita e seu marido Urbano Francisco, mendigos, que constantemente andavam
Porto, 29, às
Diário de Noticias
Hoje diremos também duas palavras em favor dos povos.
E’ da da falsificação dos phosphoros, e da imperfeição das caixas, que vamos fallar.
Os contractos que os governos fazem são, todos sempre uns e a mesma coisa.
Antes do monopolio dos phosphoros ainda se podia ver a boa fabricação não só d’aquelle combustivel como tambem das caixas que eram perfeitas.
Hoje são imperfeitas todas.
Não tem a aspereza ou a lixa precisa, para n’ellas se fazer lume, desfazendo-se antes de se gastarem os phosphoros, que teem; de tal modo que os que restam, depois d’ella acabar, não se podem accender, e ficam por consequencia inutilisados.
Tambem não teem o numero de phosphoros que deviam ter, porque os governos é que teem a culpa de não obrigarem a companhia a cumprir o contracto, o que resulta para nós , um prejuizo enorme; o que dá tambem o resultado de o povo não poder fazer uso do phosphoro de enxofre, porque a companhia não é obrigada a fabrrical-os.
Se aparecem alguns é porque ainda ha quem tenha um bocado de abilidade para os fabricar e o que dá occasião a isso é a Companhia não cumprir o contrato nem haver quem a obrigue a cumpri-lo.
E os povos a soffrerem isto pacificos, e a empregarem o seu dinheiro n’um objecto, que elles sabem, que é imperfeito e falsificado, e que não merece esse dinheiro, que com tanto trabalho adequirimos, mas que temos de comprar pelo motivo de ser prohibido fabrical-os em nossas casas, e porque não podemos passar sem elles.
Quantos pobres ha, que não teem para comprar uma sardinha, e hão-de ter para os phosphoros, para engordar os monopolistas e áquelles que lh’os concedem.
Em tempos que já lá vão um dos governos pensou em remediar este mal, mas tal remedio nunca apareceu, e o povo é que vae sofrendo as consequencias e só elle é que tem a culpa de soffrer resignado todas as albardas que lhe queiram pôr em cima.
O Povo de Cantanhede
Recolhido por: José Santiago
Colocado por: José Santiago
No hospital de Saint-Germaine-en-Laye em França,um quadro verdadeiramente surpreendente se deparou aos olhos d’um visitante: Alcoolicos chronicos, com todos os signaes do delirio-tremens,que para ali haviam entrado à poucos dias, apresentavam-se em vias de completo restablecimento graças a um tratamento interessantissimo descoberto pelo Dr. Léon Bruel, a quem o visitante perguntou:
- E como é que a Sciencia realiza este milagre?
Ao que o Dr. Léon Bruel respondeu, sorrindo:
- Alcoolisando-os.
E o ilustre médico, depois d’uma interrogação do visitante, explicou:
- Este feliz resultado, estas curas incontestáveis, conseguem-se dando nos doentes injecções intra-venosas de alcool etilico a 30 graus. Assim se curam, numa semana, os alcoolicos mais inveterados.
Um sucesso!