Wednesday, November 29, 2006

Monday, November 27, 2006

29 de Dezembro de 1864


Diário de Notícias
Recolhido e colocado por:Tiago P. Lima (1º ano)

14 Setembro 1955, “ Chegaram a Lisboa 10 vacas vindas de avião”

De avião, chegaram ontem a Lisboa dez vacas de raça “ Hereford”, destinadas a uma sociedade agrícola do nosso país para efeitos de reprodução.

Cada uma das vacas custou 22 contos e só o fretamento foi avaliado em 90 contos, independentemente do seguro dos animais, no total de 3500 libras.

As dez vacas que chegaram “grávidas”, destinam-se a cruzamento com gado nacional para melhoria de carnes destinadas ao abastecimento público.

Primeiro de Janeiro

Recolha: Maria João Costa
Colocado por: André Pereira

3 Fevereiro 1955, “ Perdeu meio bilhete para a 1ª Lotaria de 1955”

O cauteleiro nº 374, Jorge Alves Lobo, teve pouca sorte no último dia de 1954, pois ao vender um bilhete com o número 29872, na Praça dos Poveiros, perdeu ou entregou com aquele meio bilhete com o número 24246 não ganhando assim a Lotaria!

Em qualquer dos casos, a pessoa que o tiver em seu poder, poderá entregá-lo na Praça das Flores, nº 94.

Primeiro de Janeiro

Recolha: Maria João Costa
Colocado por: André Pereira

1 Janeiro 1955, “ Largou as galinhas e pôs-se em fuga ao ver-se perseguido”

Próximo do apeadeiro de Custolas, o guarda-nocturno, Rodrigo Pinto de Carvalho, surpreendeu um indivíduo que se lhe tornou suspeito e transportava um saco de aves. Ao verificar que era perseguido, o comprometido “sujeito” abandonou o saco e pôs-se em fuga. Entretanto, o guarda-nocturno conseguia identificar o ratoneiro que reside na povoação da Agrela em Leça do Balio.

Desconhece-se quem seja o dono das aves que foram apreendidas e entregues na esquadra policial de Matosinhos. Na participação da ocorrência figura a identidade do larápio para efeito de procedimento legal.

Primeiro de Janeiro

Recolha: Maria João Costa
Colocado por: André Pereira
A ofendida num acidente recebeu a indemnização de 160 contos.


Foram ontem julgados, no 6º Juízo Correccional, Miguel Dias Mourato e Fernando da Silva Marques, respectivamente, motorista e condutor de um autocarro em que viajava Sr.ª D. Joaquina Casimiro Marques que caiu do estribo em consequência do veiculo ter arrancado subitamente, ficando a sofrer de deformação permanente.
A parte cível foi resolvida por acordo e a ofendida recebeu a indemnização de 160 contos da companhia segurador, tendo prosseguido o processo-crime. Não ficou esclarecida a responsabilidade do condutor e do motorista, porque este alega ter obedecido ao sinal de partida dado pelo condutor.
Provou-se, ainda, que o veículo tinha um espelho que não permitia visibilidade completa.
O Juiz condenou o motorista Miguel Dias Mourato a 20 dias de prisão e o condutor Fernando da Silva Marques a 30 dias, ambos com pena suspensa por dois anos.



Jornal de Noticias
18 de Abril de 1964
Recolha e postagem : Bruno Rosa (3ano)

Cultivam-se bananas na região de Coimbra


Recolha e Postagem: Altino Pinto



Recolha e Postagem: Altino Pinto

Gatos comem dona


Recolha e Postagem: Altino Pinto

O "rapaz tranquilo" matou a família toda


Recolha e Postagem: Altino Pinto

Mulheres ao Volante de autocarros da Carris.


A partir do próximo mês de Setembro vai haver mulheres a conduzir autocarros da Carris, nas ruas da Capital. Esta decisão foi anunciada esta semana pelo presidente do conselho de administração daquela empresa.
Ao todo, a transportadora Lisboeta vai admitir 100 novos motoristas: 40 numa primeira fase e 60 dentro de aproximadamente um ano. Em ambas as ocasiões as incorporações serão abertas a homens e a mulheres.
A Carris passa, assim a admitir mulheres para os seus quadros, o que nunca aconteceu desde a formação da empresa, há 120 anos atrás.
As candidatas seleccionadas serão submetidas a testes e formação especifica, devendo sair para a rua ao volante dos autocarros laranjas a partir do final do próximo verão.
E condição necessária para participar a este concurso de admissão de motorista ter carta de condução de pesados embora seja factor preferencial possuir igualmente carta de pesados de passageiros.

Jornal de Noticias
23 de Fevereiro de 1992
Recolha e postagem : Bruno Rosa (3ano)


«Rebecca»

Uma macaca que gosta de liberdade.

Milão, 4 – Um bairro em Milão esteve ontem em pânico provocado por uma macaca que fugiu de um circo que aqui se encontra de passagem.
Aproveitando um momento de distracção dos guardas «Rebecca» fugiu para as ruas da cidade, onde executou números «fora do programa». Começou por bater á porta de um restaurante, cujo proprietário fugiu aos gritos. Por sua vez cheia de medo «Rebecca» refugiou-se noutro restaurante onde o se domador conseguiu apoderar-se dela. Mas como tinha tomado o gosto à liberdade a macaca conseguiu livrar-se e fugir de novo. Penetrou então num edifício e apoderou-se de uma garrafa com leite, que bebeu de um trago só. Depois atirou-se do 3º andar para o pátio. A seguir pôs-se a escalar os edifícios vizinhos e acabou finalmente por se deixar persuadir a retomar o caminho do circo por um palhaço de quem gostava em especial . (F.P)

Jornal Primeiro de Janeiro
5 De Janeiro de 1960
Recolha e postagem : Bruno Rosa (3 ano)

Assaltaram o Moínho


Primeiro de Janeiro
Recolha & Postagem: Igor Pinto

15 Abril 1955 "Agredido com um Machado"

Figueiró dos Vinhos – O soldado da G.N.R, em serviço no posto de Figueiró, Francisco da Conceição Afonso, ao pretender subjugar, e após demorada luta, o criado de mesa Manuel Marques Carlos Cordeiro, que, armado com um machado, procurava, pelas ruas da vila, um motorista, a fim de o agredir, ficou bastante ferido numa perna.
O Cordeiro foi entregue a juízo.
Primeiro de Janeiro
Recolha & Postagem: Igor Pinto

15 de Dezembro 1955 "Violento temporal"

As grandes chuvas de Outono, prenunciadoras do inverno, chegaram em jeito tormentoso, com inundações e prejuizos que, desta vez, castigaram mais a região de Loures.A capital sentiu, porém, igualmente, o mau tempo, bem como muitas terras da província.A chuva e o vento que que começaram a sentir-se anteontem aumentaram consideravelmente de intensidade pela madrugada de ontem e transformaram-se depois do alvorescer até cerca das 11 horas, num rigoroso temporal.Trovoadas e violentas chuvadas, acompanhadas de rajadas de vento ciclónico, alarmaram os vários bairros de Lisboa.Das diversas localidades dos arredores de Lisboa, as da região de Loures foram as mais duramente atingidas pelo temporal.As violentas chuvadas causaram ali grandes inundações, onde os prejuízos materiais, importantíssimos, afectaram muitos agricultores e pequenos proprietários.Grande área daquela vila esteve alagada durante algumas horas e contam-se por muitas dezenas as casas que foram invadidas pelas águas.Os campos de lavoura ofereciam aspecto desolador, completamente submersos pela cheia, que mais foi aumentada devido a ter transbordado a ribeira local.As enxurradas não só destruiram as sementeiras como arrastaram muitos objectos e móveis de diversas casas.No dizer dos habitantes, a cheia de ontem foi a pior verificada nos últimos vinte anos.A inundação atingiu maior volume junto ao posto da P.S.P e na estrada, no cruzamento entre as vias de Bucelas e da Malveira.O transito para a capital esteve por isso interrompido até ás 9 horas.Perderam-se as culturas e muita criação morreu afogada.A ventania derrubou muitas árvores.Desde as 6 ás 10 horas os Bombeiros Voluntários de Loures tiveram trabalho insano para escoar as águas e desobstruir os caminhos.
Diário de Notícias



Recolha:Tiago P. Lima (1ºano)
Colocado por:Tiago P. Lima

Saturday, November 25, 2006

15 Setembro 1985 - "O Novo Terceiro Anel do Estádio da Luz"

Ao fim da manhã, principio de tarde do dia 14, a Direcção do Benfica recebeu no “Ninho da Águia” a visita dos representantes da Comunicação Social. Foi o momento de dar a conhecer as transformações operadas no Estádio da Luz, que, tal como seu presidente prometera apresentava um aspecto magnífico.

Presidente Fernando Martins radiante “ Estádio da Luz merece uma final Europeia”

Concluída essa importante fase do ambicioso projecto de enriquecimento do complexo da Luz, o presidente benfiquista não teve quaisquer dúvidas a afirmar que o seu clube queria possuir” o melhor parque desportivo do mundo”. A construção de uma piscina de dimensões olímpicas foi uma das promessas.

Em termos de capacidade, o Estádio da Luz passou de 65.500 para 120.000 lugares sentados, podendo albergar no máximo 150.000 pessoas, dado que as bancadas que formavam todo o terceiro anel não se destinavam a lugares marcados.

Nos baixos do Estádio, para além de salas de convívio, bares e restaurantes, ficou disponível uma área de 5 mil metros quadrados que foi destinada a 14 ginásios.

Indo mais a fundo, registe-se a existência de um Parque de estacionamento automóvel no interior do Estádio, para 60 viaturas que era destinada para os responsáveis e jogadores profissionais do clube.

De notar, por outro lado, que o Estádio depois de completa a obra, passou a dispor do apoio de 60 bares e de 180 instalações sanitárias.

Comércio do Porto

Recolha: André Gomes (4º Ano Ciências da Informação)
Colocado por: André Pereira

8 Janeiro 1955 - "Uma australiana que durante 80 anos foi «homem»"

Melbourne , 7 – Sarah Isabel Edwards, passou por homem durante 80 dos seus 84 anos. Chorou nesse dia, devido ao facto de lhe terem fornecido um vestido preto e meias, ao entrar para um asilo, como mulher. Médicos que a examinaram, decidiram que ela deveria entrar como mulher, com o nome com que tinha sido baptizada. A senhora N.Hock disse que Sarah lhe declarara que envergara vestuário masculino desde os seus quatro anos, quando seus pais morreram. Teve que entrar para o asilo por não ter lar.
Primeiro de Janeiro

Recolha: André Gomes (4º Ano Ciências da Informação)
Colocado por: André Pereira

1 Janeiro 1955 - "Primeiro de Janeiro"

Está cansado de viver?
Telefone para o número…

Viena, 31 – As pessoas que se sentem cansadas da vida, em Viena, foram nesse dia convidadas a ligar para um certo número telefónico.

Compreendendo pelas estatísticas dos últimos anos, a véspera do dia do Ano Novo é a altura favorável para os suicídios. A organização católica Caritas arranjou um sacerdote que teve de serviço todo o dia e toda a noite para ouvir as pessoas, que tinham em mente pôr termo à vida, dando-lhes conselhos para o não fazer.

Recolha: André Gomes (4º Ano Ciências da Informação)
Colocado por: André Pereira

Friday, November 24, 2006

Ramalho Eanes convidou o Papa a visitar Portugal

ROMA (Do nosso enviado José Rocha Vieira) – Num discurso proferido ontem no Vaticano, perante o Presidente Eanes, o Papa João Paulo II disse, em razoável português, que “a justiça e a equidade devem resplandecer no cenário da vida interna de Portugal”. Apelou para que desapareçam “as grandes dificuldades económicas” e pediu ajuda para “os mais desfavorecidos”.
Antes deste discurso público, o Papa esteve reunido a sós com o Presidente Eanes, durante largos minutos. Desse encontro nada foi revelado, mas admite-se como muito provável que Ramalho Eanes tenha sondado o Papa sobre a possibilidade de uma visita a Portugal. Em círculos do Vaticano dizia-se ontem que João Paulo II estaria a projectar uma viagem a Ávila (Espanha), por ocasião da festa de Santa Teresa de Jesus – talvez já em 15 de Outubro próximo ou, na pior das hipóteses, na mesma data de 1981. Admitia-se, nesta ordem de ideias, que o Papa pudesse visitar Portugal dois dias antes, na altura do 13 de Outubro em Fátima. Além desta hipótese, sabe-se que João Paulo II e Eanes falaram das relações de Portugal com as ex-colónias africanas.
O general Ramalho Eanes foi o primeiro Chefe de Estado português e, também, o primeiro em todo o mundo a ser oficialmente recebido pelo Papa João Paulo II.
Foi Sua Santidade que, numa deferência para com o Portugal “fidelíssimo”, decidiu colocar no topo da hierarquia protocolar a visita do homem que, no dizer do “Osservatore Romano”, restituiu a democracia a Portugal e “possibilitou a paz e a concórdia entre os portugueses”. De facto, em Abril último, o Vaticano expediu uma mensagem para Lisboa, comunicando que o Papa decidira atribuir o carácter “de Estado” à visita que Ramalho Eanes havia solicitado em Janeiro último.

(1ª página do Expresso – 17 de Maio de 1980)

Recolhido por: Mónica Sofia Lopes
Colocado por: Raquel Neto

Pela primeira vez em 30 anos o Conselho da Europa sai de Estrasburgo

A EUROPA estará em Lisboa a 9 e 10 de Abril. 18 ministros dos Negócios Estrangeiros, entre os quais H.D. Genscher, da Alemanha Federal, J. François Poncet, da França, Lord Carrington, da Grã-Bretanha e o chefe do Governo do Lichtenstein participam na reunião de ministros do Conselho da Europa que se realiza em Lisboa a convite do Governo português.
Pela primeira vez o Comité de Ministros, órgão decisório do Conselho da Europa, se reúne fora de França, se se exceptuarem as duas históricas reuniões, de Roma em 1950 em que foi aprovada a Convenção dos Direitos do Homem, e de Londres em 1969, em que ao mesmo tempo que se celebrava o 20º aniversário do CE, se decidia a expulsão da Grécia, acabada de cair sob o domínio dos coronéis.
“Desde a sua entrada, Portugal tem-se revelado dos membros mais activos e mais fiéis do Conselho da Europa. Os ministros do conjunto da Europa democrática (com excepção da Finlândia) virão a Lisboa mostrar a sua solidariedade com a democracia portuguesa”, disse o secretário-geral F. Karasek. “Os países do norte da Europa têm ficado impressionados com o entusiasmo democrático dos seus parceiros da Europa do Sul. A sessão do Conselho de Ministros em Lisboa confirma Portugal na sua vida democrática, ao mesmo tempo que prova o papel político que ele desempenha hoje no plano europeu”.
Os ministros reunirão num local especialmente adaptado para o efeito no torreão do Tribunal de Contas, no Terreiro de Paço, cujo presidente, conselheiro Pinheiro Farinha, é o membro português do Tribunal dos Direitos do Homem, do mesmo Conselho.
No dia 9 à noite os ministros terão uma reunião informal no Palácio das Necessidades, a que se seguirá um bufete no local com a participação de altos funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros português e dos representantes em Estrasburgo dos países acreditados junto do Conselho da Europa.
Durante o encontro informal deverão atingir-se as plataformas de acordo sobre os pontos “quentes” agendados para o dia seguinte.
As atitudes a adoptar face à próxima reunião da CSCE (Conferência de Cooperação e Segurança Europeia) marcada para Novembro em Madrid, que tratará da aplicação dos Acordos de Helsínquia, e a decisão sobre a criação de um fundo especial de cooperação técnica para a correcção dos desequilíbrios na Europa serão certamente abordados.
Prevêem-se diversos encontros bilaterais, nomeadamente entre Oreja e Carrington, sobre Gibraltar, e do ministro Freitas do Amaral com os seus colegas espanhol e suíço.
No dia 10 a reunião terá início pelas 10 horas, terminando pelas 18 horas, depois de uma conferência de Imprensa. Haverá um almoço oferecido pelo primeiro-ministro Sá Carneiro.
A excepção feita pelo Conselho da Europa à sua prática habitual, aceitando o convite de um Governo para se reunir fora da sede, representa o fim de uma longa e difícil batalha, iniciada durante o IV Governo Constitucional. Foi após a visita do Presidente Ramalho Eanes a Paris que foi tomada a decisão de aceitar a proposta portuguesa, uma vez vencida a resistência da França.
Esta vitória diplomática, atribuível em grande parte ao embaixador Cutileiro, poderá coincidir com o fim da sua permanência em Estrasburgo pois fala-se insistentemente na sua transferência para o Maputo.

(1ª página do Expresso – 4 de Abril de 1980)

Recolhido por: Mónica Sofia Lopes
Colocado por: Raquel Neto

Thursday, November 23, 2006

Uma aliança velha de seis séculos

Relações luso-britânicas 


É velha, de seis séculos, a amizade luso-britânica, pois que em termos de aliança, o ano de 1373 marca o início das relações políticas entre a Inglaterra e Portugal.
Muito embora cruzados ingleses tivessem ajudado na tomada de Lisboa, a verdade é que tratados parciais antigos foram substituídos pelos dos reis D. Fernando l (1373), e D. João l (1386), precedendo este último - o tratado de Windsor -o casamento do monarca de «Boa Memória», com Filipa de Lencastre.
Três séculos volvidos sobre a «Aliança matrimonial», feita com o fundador da dinastia de Avis, o tratado de Methuen (1703) ficou a constituir o restabelecimento das relações comerciais luso-britânicas.
Os gloriosos feitos do exército anglo-luso, contra os invasores franceses, que culminaram com a batalha do Buçaco {1810), a visita do Rei D. Carlos a Londres (1895) e a assinatura de declaração secreta (1899), reafirmando os antigos tratados da Aliança, constituíram o cimentar dos laços de amizade, que as visitas dos reis Eduardo VI! a Portugal (1903), D. Carlos (1904) e D. Manuel lI (1909) a Inglaterra, mais reforçariam.
Reconhecida a República Portuguesa (Janeiro de 1911) e assinada, em 1917, a convenção militar entre Portugal e a Grã-Bretanha, sucederam-se, nos últimos 30 anos, numerosas visitas de Estado, sendo de salientar a apoteótica viagem da Rainha Isabel Il ao nosso país, em Fevereiro de 1957, e a do príncipe Filipe (1973), por ocasião do IV Centenário da Aliança Luso-Britânica.
De realçar, já depois do «25 de Abril», a visita do primeiro-ministro Mário Soares, a Londres em 1977, quando a Grã-Bretanha anunciou o seu apoio à candidatura do nosso país à CEE e, ainda no mesmo ano, a visita do Presidente Ramalho Eanes à capital londrina, para assistir à «cimeira» da NATO.
Aliás, Eanes voltaria a Inglaterra no ano seguinte, mas, desta vez, em visita de Estado.
De então para cá, de salientar, entre outras, as visitas a Londres feitas em 1980 e 1981, pêlos então primeiros-ministros de Portugal, dr. Sá Carneiro e Pinto Balsemão, respectivamente.
A visita que a sr.a Margaret Thatcher inicia hoje é, no entanto, a primeira que um chefe de Governo inglês realiza a Portugal





O Comércio do Porto .Ano CXXIX ,número 318 .17 de Abril de 1984, p.5.

Recolhido por: Raquel Neto(4ºano)
Colocado por: Ricardo Almeida





Arbítrio do Estado cria crescente fuga aos impostos

 «Os portugueses sabem que no período de dez anos — 1974-1983 — o Estado gastou 3 mil e 400 milhões de contos desta forma discriminados: impostos pagos pelos contribuintes: mil 680 milhões; empréstimos contraídos, internos e externos — mil e 10 milhões; outros fundos — cerca de 710 milhões de contos. Durante este mesmo período, os juros, encargos e amortizações da dívida pública atingiram 599,3 milhões de contos, tudo isso sem que tenha havido uma melhoria real do nível de vida da população».
Esses alguns dos alertas proferidos pelo Movimento Nacional de Defesa dos Contribuintes, M.D.C., associação criada em Dezembro passado na Batalha e que se afirma «desvinculada de qualquer partido ou ideologia». Manifestando-se empenhado em lutar por leis fiscais simples, compreensíveis e justas, pelo imposto único, por uma administração pública ao serviço dos cidadãos, pela aplicação dos dinheiros públicos na satisfação das necessidades básicas da população, pela revelação de todas as receitas e despesas públicas em termos compreensíveis, pela clarificação dos programas políticos, nomeadamente através da indicação das receitas a cobrar e das despesas a realizar, o M.D.C, que regista já cerca de 4 mil membros, oferece a todos que neles se inscrevam serviços de consulta fiscal e financeira.
«Os portugueses deparam com subidas constantes dos impostos, frequentemente injustos e inconstitucionais. Os portugueses querem saber onde, como, quando e porquê, este dinheiro é gasto, tanto mais que os preços dos produtos e dos serviços não param de subir. Os portugueses sofreram profundamente com os últimos impostos retroactivos e não querem que isso se repita. Finalmente, os portugueses verificaram ainda que a ilegalidade e o arbítrio do Estado criam uma crescente fuga aos impostos e uma economia subterrânea florescente, isto enquanto os que continuam a pagar os impostos se arruínam ou passam as maiores dificuldades», concluiu o Movimento Nacional de Defesa dos Contribuintes.
José Silva Pereira, Diogo Leite de Campos, João Paulo Cancela de Abreu e Virgílio Guimarães da Costa, refere-se a propósito, são alguns dos dirigentes do M.D C. Além deste movimento, saliente--se por fim, existe em Portugal a Associação Portuguesa de Contribuintes, A.P.C.%


O Comércio do Porto . Ano CXXIX, número 318 .17 de Abril de 1984 ,p.8.

Recolhido por: Raquel Neto(4ºano)
Colocado por: Ricardo Almeida

“Cuidado com o elefante, porque tem prioridade”




“Tendo-se registado muitos choques entre automóveis e elefantes, as autoridades do Ceilão – talvez por os paquidermes terem dificuldade em aprender a regra de trânsito em relação aos que surgem da direita – resolveram que os elefantes têm sempre prioridade.
Se algum dos nossos leitores for ao Ceilão, já fica sabendo: não queira saber das regras de trânsito e deixe passar primeiro os bichos trombudos…”

“O Século”, 20 de Agosto de 1956

Recolhido por: Raquel Neto(4ºano)
Colocado por: Ricardo Almeida



 

Sunday, November 19, 2006

30 de Junho de 1902 - "Ao sr. Commandante da policia"

Às 11 e meia da noite de hontem houve toques de apito na rua do Príncipe. Correndo ao local muitas pessoas depararam com um espectaculo repugnante:

Que um policia, o nº 328, soccava brutalmente uma desgraçada, que se desfazia nas suas mãos, gritando que a deixasse. A brutalidade foi de tal ordem que outros guardas a levaram presa sem carecerem, é claro, de a maltratar. Apontamos ao sr. Commandante da policia esta selvageria do 328, que três cavalheiros do nosso conhecimento, indignados com o caso, nos vieram contar.

Diário de Notícias

Recolhido por: Fabiana Faria
Colocado por: José Santiago

30 de Junho de 1902 - "Maneiras de pagar dividas"


Sacavem, 29 – Hoje de manhã, Laura da Conceição Funileira, residente do beco do Paneiro, nas proximidades da rua Barão de Sacavem de Cima, aggrediu o sr. José Carvalho no olho esquerdo, do que resultou fazer-lhe um grave ferimento, servindo-se para praticar a aggressão de dinheiro em cobre com que lhe atirou à cara, isto em resultado da tal Laura lhe ser devedora de um litro de azeite, e teimar ser só meio litro. O aggredido deu conhecimento do occorrido na rededoria, e em seguida foi conduzido a residencia do sr. dr. Santos Graça, seguindo amanhã para o tribunal afim de fazer ali o seu exame medico, para seguir o processo. O aggredido reside aqui no largo da Victoria, nº8, e é negociante ambulante de azeite, petróleo, etc. – (Correspondente).

Diário de Notícias

Recolhido por: Fabiana Faria
Colocado por: José Santiago

30 de Junho de 1902 - "Eduardo VII e a morte"


A morte tem ameaçado mais duma vez e bem de perto, o rei de Inglaterra. Eis as principaes:

Em Nova york, em 1860, foi alvo dum atentado por parte dum marinheiro inglez alienado. Em Compiégne, em 1868, foi derrubado do cavallo por dois veados e ficou tão gravemente contundido que durante algum tempo esteve em perigo de vida. Em 1871, foi accommettido pela febre typhoide quando veraneava em Scarborough. Um dos palafreneiros atacado ao mesmo tempo de igual doença falleceu. Foi só depois do principe chegar a Windsor que a doença se declarou, e como estava ainda em principio, pode ser transportado para o castello de Sandringham, onde a então princeza Alexandra e a princeza Alice lhe prodigalisaram os maiores cuidados. O actual rei Eduardo teve depois uma grave recahida e chegou a recear-se seriamente pela sua existência. Ha três annos, em Bruxellas, Sipido, desfechou um tiro de pistola sobre a carruagem em que ia o príncipe de Galles. Finalmente, no outomno passado o jornal «The Medical Press and Circular», noticiou que o rei teve de se sujeitar a uma operação grave na garganta.

Diário de Notícias

Recolhido por: Fabiana Faria
Colocado por: José Santiago

29 de Maio de 1902 - "Grande desordem – Morte de uma mulher"



Porto, 29, às 12,42 t. – Esta noite, n’uns casebres immundos de uma ilha da populosa rua de Montebello, houve grande alteração entre uma tal Rita e seu marido Urbano Francisco, mendigos, que constantemente andavam em desintelligencia. No mais aceso da altercação, acudiu a mãe deste ultimo, Rita Maria, que se insurgiu contra a nora. Esta atirou-se a ella, aggredindo-a, e cahindo depois ambas pelas escadas de pedra que há em frente do casebre. Os visinhos gritaram por soccorro, e quando se approximaram, encontraram Rita Maria banhada em sangue com um grande ferimento na cabeça; metida em uma maca, chegou ao hospital já cadaver. A policia prendeu a nora e o filho da morta, havendo algumas testemunhas que affirmam ter visto Rita dar com um pau na sogra, arremessando-a depois pela escada abaixo. Pelo que dizem as testemunhas, parece que o filho não concorreu para a morte da infeliz mãe, que contava 52 annos de edade. Os dois conjuges teem um filho de dois annos, que ficou entregue aos cuidados de um caridoso visinho. Como de vê, a presente semana é assignalada por deploráveis scenas de sangue. – (A.P)

Porto, 29, às 1,3 m. – Rita Mariaque morreu em virtude da desordem da rua Montebello, apresenta grande fractura na parte superior frontal e deu entrada no necroterio. A nora da victima não se mostra pezarosa pelo que succedeu; está satisfeita e diz que devia ter feito o mesmo ao marido. Este quando ia a caminho do Aljube disse que sua mulher havia agredido sua mãe com um cabo de vassoura. Effectivamente a policia levou para a esquadra um pau que apresenta manchas de sangue. Amanhã serão submettidos os dois a interrogatorios e é provável que tudo se esclareça. – (A.P).



Diário de Noticias

Recolhido por: FabianaFaria
Colocado por: José Santiago

22 Abril 1921, "A greve dos trabalhadores da imprensa"

A solução está iminente

Na Associação dos Caixeiros estão reunidos à hora de fechar o nosso jornal os Trabalhadores da Imprensa, convidados pela Comissão Pró – Aumento de Salários. A comissão esclareceu a acção dos Srs. Dr. Augusto Soares e Melo Barreto, incubidos pelo governo de solucionarem o actual conflito entre os Trabalhadores da imprensa e as respectivas emprezas.

Um tipógrafo, membro da comissão, esclareceu que as emprezas já tinham decidido dar 30%. Os Srs. Dr. Augusto Soares e Melo Barreto, porém, elevaram até 35% a percentagem sobre os antigos ordenados, o que a comissão se opôs, dizendo que só aceitariam 40%.

Os medianeiros devem já ter notificado às emprezas o pedido dos tipógrafos, esperando a comissão que o conflito se resolva de um momento para o outro.

Um redactor, membro da comissão, usou também da palavra, expondo o que havia concernemente aos quadros redactoriais. Os Srs. Dr. Augusto Soares e Melo Barreto, disseram que as emprezas pediam a constituição de um tribunal de honra, destinado a julgar os agravos que possam haver de parte a parte. Esse princípio foi aceite pela comissão.

Quanto aos ordenados dos redactores as emprezas reconheciam que eles deviam ser também aumentados. A opinião dominante da assembleia é que o conflito deve ficar solucionado ainda esta semana, aceitando as emprezas o aumento proposto pela Comissão Pró – Aumento de Salário.

Diário de Lisboa

Recolha: Soraia Fernandes
Colocado por: André Pereira

26 Janeiro 1929, "Um morto que ressuscita"

Apareceu um homem que se julgava ter morrido numa cheia do Tejo e por quem se rezaram missas.

Em Fevereiro do ano findo, desapareceu da vila do Cartaxo, onde trabalhava, o pedreiro Jacinto dos Santos, de 24 anos, solteiro, sobrinho de Ana dos Santos, viúva de Serafim de Carvalho, serviçal do Sr. Joaquim Mata, administrador deste concelho.

A família do rapaz, tios e primos, pois ele já não tem pai nem mãe, procuraram-no durante alguns dias, tendo-nos aquela mulher vindo pedir, de lágrimas nos olhos, ao cabo de oito dias de pesquizas inúteis, que referíssemos no Século o desaparecimento do sobrinho, para que ele, se vivo fosse, acusasse a sua presença em qualquer parte ou para que alguém, sabendo do seu paradeiro, informasse os parentes. A notícia foi publicada e do Jacinto, não obstante, nada mais se soube.

Nessa ocasião, havia uma grande cheia no Tejo, tendo aparecido morto, a boiar um indivíduo que foi sepultado no cemitério do Cartaxo, sem que se tivesse estabelecido a sua identidade. Informada deste facto, a família convenceu-se de que o desgraçado era o Jacinto. Tudo, realmente, concorria para que essa suposição parecesse a realidade.

Os parentes vestiram luto; uma família de Alenquer mandou rezar missas por alma do “defunto” e, depois veio o esquecimento.

Imagine-se a surpresa e alegria da Ana, quando, hoje, viu aparecer-lhe com mais saúde do que nunca, o Jacinto dos Santos! A criatura, ao princípio, não acreditava; supunha estar sonhando. Por fim, teve de render-se à evidência; era o sobrinho em carne e osso.
A serviçal saiu logo com o “morto” a fim de mostrá-lo a toda a família, que teve uma satisfação enorme.

O pedreiro ausentara-se para Montemor-o-Novo, onde tem trabalhado e está para casar e para onde partiu hoje mesmo.

O Século

Recolha: Soraia Fernandes
Colocado por: André Pereira

27 Janeiro 1965, "A morte de Winston Churchill"

Um dos maiores Lutadores ou o maior que o mundo tem conhecido, pela Liberdade e pelo Direito

Um dos aspectos decisivos, fundamentais e característicos da personalidade inconfundível de Winston Churchill foi o de ter sido primeiro e acima de tudo um Lutador que nunca conheceu o desânimo ou a dúvida.
Foi um parlamentar dos mais célebres que a Inglaterra tem tido, ou talvez o mais célebre, foi o militar igualmente célebre, foi um escritor notabilíssimo. Das suas obras indicamos “As suas Memórias” as Memórias de Winston Churchill sobre “A Segunda Guerra Mundial”.

Era um escritor manejando a língua inglesa de uma forma inconfundível, verdadeiramente clássica e superior, por exemplo: “Recordações da minha mocidade”, “Grandes contemporâneos”, “História dos povos e língua inglesa”.

Foi um espírito superior e enciclopédico, em quase todos, ou em todos os campos do pensamento da política, da arte e da ciência. Repórter de guerra e jornalista, orador também célebre de “meetings”, parlamentar no seu único e inconfundível, escritor verdadeiramente original sobre muitos factos e muitas personalidades do século passado e da primeira metade do século actual.

Dissemos, foi o primeiro e acima de tudo um grande Lutador, o maior ou um dos maiores que o mundo tem conhecido. Previu e muito bem as origens e o desencadear do terrível «Segundo Conflito Mundial (1939- 1945), e no Parlamento inglês- Câmara dos Comuns as apontou com a máxima coragem moral e precisamente quando Ele “levantou a voz de ressonância heróica, no meio do pavor geral para anunciar que a alvorada sucederia à noite que ensombrava o mundo.”

Na verdade, “a sua instituição e a sua experiência juntaram-se a um temperamento impetuoso para decidir da segunda guerra mundial”. “Nunca as revezes não lhe entibiaram a alma nem enfraqueceram a vontade”.

No período mais terrível e interrogado do Segundo Conflito Mundial foi à Rússia, arrostando os perigos mais terríveis, fazendo essa viagem temerosa de noite e em avião, para procurar evitar ser descoberto pelos aviões inimigos e, conseguindo chegar a Moscovo onde teve conferências importantíssimas com Estaline, e que depois da Câmara dos Comuns foram narradas por Winston Churchill.

Foi no período terrível da Segunda Guerra Mundial Primeiro-ministro, Primeiro Lord do Tesouro, Ministro de Defesa e Lord da Câmara dos Comuns do Parlamento.

Se hoje é um facto a liberdade do Mundo, a Winston Churchill o mundo o deve. O vice-presidente do Ministério era o trabalhista, já falecido, era o Ministro do Trabalho.

“O Despertar”

Recolha: Soraia Fernandes
Colocado por: André Pereira

25 Abril 1974, "Movimento das Forças Armadas"

O General Spínola entrou no Quartel do Carmo onde se encontrava o Prof. Marcello Caetano que foi destituído – diz um comunicado das Forças Armadas.
Às 17:50 o general Spínola entrou na porta principal do Quartel do Carmo, por entre alas de soldados.

Às 18e20, o Rádio Clube informou que «que dentro de momentos será divulgado um importante comunicado».

Efectivamente, poucos minutos depois, o Comando do Movimento das Forças Armadas anunciava:

«Aqui, posto de Comando das Forças Armadas. Em aditamento ao último comunicado, o Movimento das Forças Armadas informa a Nação que conseguiu forçar a entrada no quartel da Guarda Nacional Republicana, situado no Largo do Carmo, onde se encontrava o ex-Presidente do Conselho e outros membros do seu ex-Governo.

O Regimento de Lanceiros 2, onde se recolheram outros elementos do seu ex-Governo entregou-se ao Movimento das Forças Armadas, sem que houvesse necessidade do emprego da força que os cercava. A quase totalidade da Guarda Nacional Republicana, incluindo o seu comandante, e a maioria dos elementos da Polícia de Segurança Pública, já se rendeu ao Movimento das Forças Armadas.

O Movimento das Forças Armadas agradece à população civil todo o carinho e apoio que tem prestado aos seus soldados, insistindo na necessidade de ser mantido o seu valor cívico ao mais alto grau. Solicita também que se mantenha nas suas residências durante a noite, a fim de não perturbar a consolidação das operações em curso, prevendo-se que possa retomar as suas actividades normais, amanhã, dia 26.
Viva Portugal».

“Diário Popular”

Recolha: Ana Martins
Colocado por: André Pereira

5 Outubro 1916, Jornal de Notícias, "A Implantação da República"

Comemoração do seu 6º aniversário

Comemora-se hoje a data da implantação da República com um programa que é, em resumo o seguinte:
Inauguração da entrada principal da estação ferro-viária de S.Bento, dos magníficos «squares» em que foram transformados os largos da Lapa e de Santa Clara: da primeira das obras d’arte que de futuro, hão de embelezar mais ainda a esplendida Praça da República; das cantinas escolares de Santo Ildefonso e Massarelos, instituições que muito aproveitarão as creanças pobres e ainda os higienicos bairros operarios das Antas, Prelada e Entre-Campos e importantes obras no edifício do Aljube.
E além destes actos solenes, comemorando a data d’hoje, haverá, á noite, festas populares na Praça da Liberdade e jardins da Cordoaria e S.Lazaro, sessões solenes e «soirées» musicais e dançantes em grande número de agremiações políticas e recreativas, sendo por algumas delas, distribuidos bôdos aos necessitados, os quais guardarão assim grata recordação da data de hoje.

O 5 de Outubro e os pobres protegidos pelo “Jornal de Notícias”

O ilustre comandante da guarda Republicana, sr. Coronel Barreto do Couto, enviou-nos com a soma de nove escudos, comunicação de que tendo os oficiais e praças do batalhão do seu comando, em comemoração do aniversário da implantação da República, resolvido empregar em beneficencia a importancia que se destinava a varias festas no quartel, nos remetia aquela soma para a distribuirmos por desoito dos nossos pobres mais necessitados.

Satisfazendo aos desejo de s. ex.º fizemos essa distribuição pelos seguintes necessitados, em nome dos quais a s. ex.º agradecemos:
Manoel de Sá, travessa das Minas, 89, ilha, casa 3; José Antonio Alves, rua Corpo da Guarda, 92; João dos Santos Ferreira, rua Visconde Setúbal, 350, ilha; Maria da Gloria Soares, rua da Bainharia, 161; uma senhora envergonhada, rua de S.Vitor, 150; José Duarte, rua dos Caldeireiros, 135; Maria Rosa, rua de S.Vitor, 113, ilha; Antonia da Rocha, rua de S.Vitor, 125, ilha; Cândido Ferreira da Silva, rua do Ferraz, 20, ilha; uma senhora envergonhada, rua de Traz, 125, ilha; Maria Candida, rua das Taipas, 102, ilha; Narcisa da Conceição, rua de S.Bento da Vitoria, 56, ilha; Angelo de Carvalho, rua 9 de Julho, 185, ilha; Sofia do Rosario, beco do Arrabalde, 20; Maria Luiza, travessa dos Clerigos, 31 – 2º se diz a morada; Ana da Conceição (tisica), Eirinhas, 32; uma viuva doente e com 3 filhos menores, rua dos Mercadores, 28.

Recolha: Ana Martins
Colocado por: André Pereira

Thursday, November 16, 2006



Recolhido por: Ricardo Almeida
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GPPSN revela posição portuguesa


Enterrar resíduos atómicos
em vez de os lançar ao mar



O lançamento de mais de duas mil toneladas de resíduos radioactivos no Atlântico foi ontem considerado «um mal menor», pelo Gabinete Português de Protecção e Segurança Nuclear. O director, Veiga Simão, disse que embora a posição portuguesa na OCDE seja contrária ao lançamento de resíduos radioactivos no Atlântico – posição que não tem vingado - «estamos perante um mal menor, no sentido de que os países da OCDE não lançam os detritos a seu bel-prazer, mas de acordo com um mecanismo de consulta e vigilância internacional»
Os desperdícios nucleares provenientes nomeadamente da Bélgica e Suíça, vão ser depositados pelo navio «Louise Smits» numa zona rectangular do Atlântico do Nordeste, definida pelas coordenadas 16 e 17,30 graus de longitude oeste, e 45,50 e 46,10 graus de latitude norte, onde a profundidade média é de quatro mil metros.
O cemitério radioactivo, que fica numa zona praticamente equidistante das costas ocidentais da Península Ibérica e do Arquipélago dos Açores, foi reavaliado pela agência nuclear da OCDE em Abril de 1980.
Desta vez, Portugal não participará no controlo ao lançamento dos tambores com resíduos, uma vez que a fiscalização é rotativa.
«Portugal é contra o lançamento de resíduos radioactivos no Oceano Atlântico» - disse Veiga Simão, que se afirmou favorável a enterramentos em terras graníticas «com limitações bem definidas».
«Embora sejamos contra – disse – mantemos desde há longos anos uma vigilância da cadeia alimentar nos Açores e Madeira, através de análises feitas periodicamente, quer de peixes, leite e outros produtos alimentares. Até hoje, nunca se verificou qualquer aumento de radioactividade na cadeia alimentar».
Ecologistas europeus manifestaram-se contra o embarque dos resíduos atómicos no porto holandês de Ijmuiden, na quarta-feira, em cujos confrontos ficou ferido um polícia. O barco tem escala marcada no porto belga de Zeebrugge, para meter idêntica carga, devendo seguir depois para a zona do Atlântico Nordeste, onde largará os resíduos.

In JN
5 de Setembro de 1981


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ESTUDANTES CONTRA ABUSOS DA PRAXE



-Pedida Assembleia Magna


Um grupo de estudantes da Universidade de Coimbra (UC), vai exigir a convocação de uma Assembleia Magna da Academia, a fim de discutira alegados abusos, praticados sob alçada da Praxe Académica. Esta medida foi anunciada no passado domingo, por Emanuel vieira, que presidiu a uma reunião sobre o assunto, em que participaram perto de meio milhar de alunos da UC.
Ficou ainda decidido exigir à Direcção Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) uma tomada de posição pública sobre esta questão. Por outro lado, também por maioria absoluta, ficou assente exigir ao Conselho de Veteranos, órgão que tutelas questões relacionadas com a Praxe, «que divulgue ao público, nomeadamente a todos os estudantes desta Academia, todas as informações que tem em sua posse, bem como os processos que decorrem no seu seio, tomando ainda, e para tal, as necessárias medidas para pôr termo à situação presente».
Para os promotores desta iniciativa, torna-se urgente a «instituição de uma praxe digna, diferente e adequada à realidade actual». A revisão do código da praxe, recentemente alterado, foi também um dos pontos exigidos, a fim de «colmatar algumas lacunas que neste ainda se encontram e permitem que ao seu abrigo se levem a cabo acções praxistas nada dignificantes para esta Academia».
Em documento apresentado no início da Assembleia, os seus promotores alegam ainda que a «Academia tem vindo a degradar-se em várias áreas, particularmente no que diz respeito à praxe». «Estes abusos e exageros da praxe», prossegue o documento,
«muitas vezes omitidos, deverão ser divulgados, julgados e penalizados».
Foi realçado que, alguns dos casos em questão, são «naturalmente possíveis de ser considerados, na sociedade portuguesa, como actos criminosos». Na óptica da mesa da assembleia, «infelizmente, na nossa Academia tem-se assistido a uma certa cumplicidade de algumas secções nos actos em questão». «Isto não pode continuar! Terão que ser tomadas medidas que acabem com esta vergonha», finaliza o comunicado.
As conclusões deste encontro vão ser transmitidas aos corpos gerentes da AAC. Ao Conselho de Veteranos e ao Reitor, Rui de Alarcão. Refira-se que, nos meios académicos coimbrões, correm rumores acerca da suposta violação de uma «caloira», que teria sido embriagada, bem como a respeito de outros eventuais actos violentos.

Diário de Coimbra
10 – Dezembro – 1996


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PARAGEM CARDÍACA FECHOU O PALCO DA VIDA A EMÍLIO LOUBET



Trinta anos jornalista do JN
Faleceu, no dia 30 de Dezembro de 1992, em consequência de paragem cardíaca. Emílio Loubet, que foi jornalista do JN durante 30 anos, encontrando-se na situação de reformado.
Com o seu desaparecimento perde-se não só um companheiro de trabalho e de convívio, mas uma figura emblemática do Porto, ligada ao jornalismo e ao Teatro. O seu irradiante estilo, “bon vivant,” tornaram-no uma referência para gerações de profissionais e em vários meios.
Emílio Loubet nasceu, em 1908, na freguesia da Vitória. O pai era dono de uma mercearia fina, onde actualmente é o café “Estrela”. Do pai herdou as convicções republicanas e laicas. Chegou a ser preso e deportado. O pai deu ao filho o apelido de Loubet em homenagem ao presidente francês, que se deslocara a Lisboa, em 1905, a convite de D.Carlos, mas que acabou por ser alvo de uma estrondosa manifestação, vitoriando a República. O progenitor era tão arreigado contra a monarquia que, no seu estabelecimento, não vendia bolo-rei, mas bolo “R” (republicano).
O futuro jornalista manter-se-ia fiel à voz do sangue, nunca desarmando dos ideais que trinunfariam dois anos após da sua vinda ao mundo. E a sua passagem pelo Mundo mostrou-se riquíssima no domínio das relações redactoriais com milhares de acontecimentos. Além da sua longa contribuição no “Jornal de Notícias”, fez carreira em “A Montanha”, “O Comércio do Porto”, “O Norte Desportivo”, colaborando também em dezenas de jornais e revistas de expressão nacional e regional. Dirigiu a publicação de “O Cruzeiro”, chefiou a redacção da “Indústria Têxtil e foi delegado da “Reuter”. De destacar igualmente a sua qualidade de autor de folhetins radiofónicos, de produções e noticiários nos Emissores do Norte Reunidos, além da edição do guia de Hotéis e pensões de Portugal.
Como não poderia deixar de ser, redigiu saborosos trechos revisteiros, organizou rábulas para as “Festas da Ciadade”, revelando-se um dos impulsionadores do “Concurso do Vestido de Chita”, iniciativa que alcançou muita popularidade.
Noutra vertente pública será justo lembrar os seus cargos directivos na Associação dos Jornalistas e Homem de Letras do Porto, Sociedade Protectora dos animais e Associação dos Proprietários.
Emílio Loubet morreu e, como se revelou, com ele vai a enterrar uma biblioteca de sabedoria das noites tripeiras. Ele assumiu-se como um dos últimos baluartes da boémia, percorrendo camarotes, palcos e camarins, restaurantes e cafés-concerto com uma assiduidade ímpar. Soube aliar o espectáculo ao afecto e à cultura. E, no meio de tanta e tão repleta agitação, sobrou-lhe tempo para mil comparências e até para trazer ao “Passos Manuel” o Prémio Nobel Egas Moniz.


Jornal de Notícias
Quinta feira - 31- Dezembro-1992


Recolhido por: Ricardo Almeida
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23 de Janeiro de 1905 - "A falsificação dos phosphoros e a imperfeição das suas caixas"

Hoje diremos também duas palavras em favor dos povos.

E’ da da falsificação dos phosphoros, e da imperfeição das caixas, que vamos fallar.

Os contractos que os governos fazem são, todos sempre uns e a mesma coisa.

Antes do monopolio dos phosphoros ainda se podia ver a boa fabricação não só d’aquelle combustivel como tambem das caixas que eram perfeitas.

Hoje são imperfeitas todas.

Não tem a aspereza ou a lixa precisa, para n’ellas se fazer lume, desfazendo-se antes de se gastarem os phosphoros, que teem; de tal modo que os que restam, depois d’ella acabar, não se podem accender, e ficam por consequencia inutilisados.

Tambem não teem o numero de phosphoros que deviam ter, porque os governos é que teem a culpa de não obrigarem a companhia a cumprir o contracto, o que resulta para nós , um prejuizo enorme; o que dá tambem o resultado de o povo não poder fazer uso do phosphoro de enxofre, porque a companhia não é obrigada a fabrrical-os.

Se aparecem alguns é porque ainda ha quem tenha um bocado de abilidade para os fabricar e o que dá occasião a isso é a Companhia não cumprir o contrato nem haver quem a obrigue a cumpri-lo.

E os povos a soffrerem isto pacificos, e a empregarem o seu dinheiro n’um objecto, que elles sabem, que é imperfeito e falsificado, e que não merece esse dinheiro, que com tanto trabalho adequirimos, mas que temos de comprar pelo motivo de ser prohibido fabrical-os em nossas casas, e porque não podemos passar sem elles.

Quantos pobres ha, que não teem para comprar uma sardinha, e hão-de ter para os phosphoros, para engordar os monopolistas e áquelles que lh’os concedem.

Em tempos que já lá vão um dos governos pensou em remediar este mal, mas tal remedio nunca apareceu, e o povo é que vae sofrendo as consequencias e só elle é que tem a culpa de soffrer resignado todas as albardas que lhe queiram pôr em cima.


O Povo de Cantanhede


Recolhido por: José Santiago

Colocado por: José Santiago

4 de Novembro de 1939 - "Um paradoxo... O Alcoolismo curado pelo alcool"

No hospital de Saint-Germaine-en-Laye em França,um quadro verdadeiramente surpreendente se deparou aos olhos d’um visitante: Alcoolicos chronicos, com todos os signaes do delirio-tremens,que para ali haviam entrado à poucos dias, apresentavam-se em vias de completo restablecimento graças a um tratamento interessantissimo descoberto pelo Dr. Léon Bruel, a quem o visitante perguntou:

- E como é que a Sciencia realiza este milagre?

Ao que o Dr. Léon Bruel respondeu, sorrindo:

- Alcoolisando-os.

E o ilustre médico, depois d’uma interrogação do visitante, explicou:

- Este feliz resultado, estas curas incontestáveis, conseguem-se dando nos doentes injecções intra-venosas de alcool etilico a 30 graus. Assim se curam, numa semana, os alcoolicos mais inveterados.

Um sucesso!

O Nauta

Recolha
: José Santiago
Colocado por: José Santiago

10 Setembro 1953, “A Intervenção das Nações Ocidentais no litígio de Trieste a favor da Itália"

Roma, 9 – O Presidente do conselho, Giuseppe Pella, começou uma campanha para persuadir os Estados Unidos, a Grã – Bretanha e a França a lançarem o seu peso a favor da Itália, no seu litígio a Iugoslávia, por causa de Trieste. Chamou, cada em um por sua vez, a embaixatriz dos Estados Unidos, senhora Clare Luce; o embaixador francês, Fouques Duparc; e o encarregado de Negócios britânico, Archibald Ross. A todos comunicou a reacção da Itália ao discurso pronunciado no domingo pelo Presidente Tito, próximo da fronteira Ítalo – Iugoslava, crendo- se que lhes pediu que dissessem aos seus governos que deviam intervir a favor da Itália, para se conseguir uma solução razoável do litígio, Julga – se haver salientada que a querela de Trieste é o obstáculo maior aos esforços Ocidentais para criar uma linha continua de defesa, desde o Artico, através do Mediterrâneo, até ao Mar Negro.

Em Roma, é ponto de fé que Pella declara aos diplomatas que o marechal destruira todas as esperanças de acordo directo entre a Itália e ai Iugoslávia, no caso de Trieste.

A Itália propôs, anteriormente, a divisão do território de Trieste com Iugoslávia, em base étnica, ficando o porto e a cidade, e grande parte do litoral, na posse da Itália e o “hinterland”, habiatado predominantemente pelos eslovenos, integrado na Iusgoslávia. Consta que a Itália está ainda a negociar nessa base, mas decidida a não permitir que mais Italianos calam sob domínio Iugoslavo.

Informadores governamentais declaram que a Itália não pode considerar a última oferta do marechal para a cidade e o Porto de Trieste serem internacionalizados e entregue à Iugoslávia o resto da faixa costeira do Adriático.

O Século

Recolha: Mariana Alves
Colocado por: André Pereira

12 Março 1953, “As Patrulhas Aéreas Americanas na fronteira da Alemanha”

Os jornais americanos preconizam para evitar novos incidentes.

Nova Iorque. 12 – Os jornais reagem violentamente em face do incidente no qual dois aviões de “caça” checoslovacos abateram um avião americano.

O editorialista do “New York Times” sugere que se dê ordem aos aviões americanos para combater quando forem atacados. “Os comunistas não respeitam senão a força”, escreve o jornal e acrescenta: “se eles querem que se empregue a força, nós o faremos”.

Pela sua parte, o “New York Heral Tribuné”, afirma que “Não existe outro meio que não a firmeza para evitar que se produzam tais incidentes”.

O “Daily News”, escreve que, “a julgar pelo incidente, os novos dirigentes russos estão dispostos a empregar os rudes métodos usados por Estaline” – (F.P).

Paris, 12 – Os jornais dão grande relevo ao incidente aéreo americano – checoslovaco sobre o território alemão.

Robert Bony em “L`Aurore” afirma que o incidente é mais um episodio da guerra a frio que se trava há anos entre dois mundos que mutuamente se suspeitam. Sem querer levar as coisas até ao trágico. O Editorialista pergunta a si próprio que significado podem ter, em face de incidentes desta Natureza, as palavras do “camarada” Malenkov ao pé do caixão de Estaline.

Em seu entender, tais palavras nada valem. Se é essa a famosa “coexistência”, a decantada “busca permanente da paz”, pouca esperança nesta.

As circunstâncias da vitória de 1945 impuseram a coabitação dos aliados, dadas as iniciativas soviéticas. – (F.P).

Diário Popular

Recolha: Mariana Alves
Colocado por: André Pereira

23 Abril 1921, "O Trono da Hungria"

O ex–imperador Carlos, contra os que davam a sua aventura como fracassada, deve a estas horas, se o telegrafo nos não engana, estar ás portas de Buda–Pest, para cingir a corôa de Santo Estevam.

Na breve des deux houdes, Poincaré salientou há dias o que havia de perigoso para os Estados Petite Entente, no que ele não receia quasi chamar a primeira restauração dos Habsburgos. O chamado grande erro do Tratado de Versailles – ou seja a pulverização da Áustria e a conservação confederativa da Alemanha – começa a dar os seus resultados.

A Hungria reclama para si o direito de escolher um soberano que os soldados e o povo recebem com aclamações.

Marcará, porventura, este facto reviramento no sentido de se atribuir a um dos países danubianos o prestigio inapagado da monarquia dualista?

Por enquanto, é cedo ainda largas previsões, mas o que podemos afirmar é que o drama europeu, tão variado de espírito e paisagens espectaculares, vai despertar na Hungria e povos da mesma extracção, fortes labaredas que hão de alimentar um enorme incêndio.

Diz–me que o ex–imperador Carlos não tem a envergadura requerida, para dirigir acontecimentos em que um dia ele poderá ficar esmagado. Talvez assim seja, mas, com ou sem a sua assistência, os factos nem por isso deixarão de ter uma eloquência extraordinária.

A Europa busca o seu equilíbrio, a sua pacificação. O estado de coisas que a guerra veio perturbar e destruir não dá indícios de renascer. O novo equilíbrio das classes tem de fazer–se em condições bastante diferentes, congregando–lhe interesses hoje autagonicos.

Na Hungria, o problema politico toma aparentemente a dianteira ao problema social. Não nos iludamos. A Europa que pensa e sente, trabalha e luta, conhece bem as causas da inquietação que nos atormenta.

Já Edmond Goncourt, com o admirável instinto da sua arte, disse que chegaria uma época em que outras elites, outras forças dominantes mudariam a face do mundo. A sua profecia realiza – se.

Mesmo que o ex–imperador Carlos consiga, contra a vontade dos seus vizinhos das grandes potencias, transformar a sua aventura num reinado sem ameaças exteriores, ele ver–se–á exposto a todas as incertezas e alternativas do conflito social.

Terá de a energia e a inteligência necessárias para ajudar a sua solução, mantendo a sua pessoa como indispensável elemento de ponderação e correcção?

Se assim fizer, tornar–se-a o verdadeiro fundador duma dinastia, única na historia.

No caso contrario, o seu destino não admite duvidas: a Hungria será para ele um inferno.

Diário de Lisboa

Recolha: Mariana Alves
Colocado por: André Pereira

Monday, November 13, 2006

29 Abril 1974, "Do que elas são capazes para casar!"

É de tradição, entre as alunas Wellesley College, da cidade do mesmo nome, no Massachusetts, EUA, que a vencedora desta corrida de arquinhos, realizada anualmente, será a primeira a casar-se. Na prova deste ano, contudo, uma das concorrentes, e das mais dotadas, decidiu, para maior facilidade de movimentos, aderir ao «streaking». Mas não será isto uma deslealdade desportiva, destinada a forçar a Providência a apressar-lhe o desejado matrimónio?

O Século

Recolha: Altino Pinto
Colocado por: André Pereira

3 Janeiro 1950, "Agredido à sacholada pelo pai"

De madrugada chegou ao hospital da misericórdia do Porto, o tamanqueiro José Amorim Alves, solteiro de 22 anos, residente nos Arcos de Valdevez, que ali foi agredido pelo próprio pai com uma sacholada na cabeça. Depois de operado recolheu, em estado grave, à sala de observações.

Primeiro de Janeiro

Recolha: Gilles Abreu
Colocado por: André Pereira

31 Dezembro 1949, "Quedas Graves"

SANTARÉM, – Brás de Almeida Vieira, casado, trabalhador natural e residente em Alcanhões, deste concelho, indo numa carroça, desequilibrou-se, caindo no solo e fracturando o braço esquerdo.
A carroça pertencia ao Sr. Francisco Barros Gomes e o ferido recebeu tratamento no hospital desta cidade, donde seguiu para casa.

VISEU, – Recolheu ao Hospital da misericórdia desta cidade, o agricultor José Ferreira Saraiva, de 49 anos viúvo e residente em Ferreira de Aves (Sátam), que ali caiu e fracturou a perna direita.
Comércio do Porto

Recolha: Gilles Abreu
Colocado por: André Pereira

Friday, November 03, 2006

A Romagem aos Cemitérios

No passado dia 1 de Novembro, como acontece todos os anos, as pessoas dedicaram o seu dia a relembrar os mortos, romando aos cemitérios. Assim também aconteceu em 1957. Transcrevo o texto em baixo, uma vez que na imagem não é bem perceptível.

"Dia de finados! Hoje, cumprindo a piedosa tradição, vão encher-se os cemitérios de gentes que, em sentida romagem de saudade, se ajoelharão perante a memória dos entes queridos. Campas modestas e solenes jazigos vão ficar, por igual, pejados de flores, que idêntico, em todos os seres humanos, é o sentimento de saudade e carinho pelos seus mortos. E com as flores ficará nas jazidas de uma lágrima de tristeza, enquanto, ao céu, por alma e pelo descanso eterno dos finados, hão-de subir, em suaves murmúrios, as preces fervorosas de todos os vivos. Já ontem, comemorando o Dia de Todos-os-Santos, esse nobre sentir, tão arreigado nos portugueses, se manifestou nas igrejas e capelas, repletas de fiéis. Nos cemitérios, aproveitando o feriado, estiveram já ontem, também, milhares de pessoas. As campas rasas, cobertas de crisântemos e amorosamente alindadas, ofereciam aspecto impressionante."

Diário de Notícias, 2 Novembro 1957

André Pereira